Três morrem e 12 são presos durante operação policial em Camaçari e Salvador
Três pessoas morreram e outras 12 foram presas durante uma operação da Polícia Civil, iniciada na manhã desta terça-feira (26), em Camaçari e Salvador, que ficam na região metropolitana. Eles são suspeitos de fazerem parte de um grupo criminoso que “julgava” rivais antes de matá-los.
Das 12 prisões, 11 foram por mandado de prisão e a restante aconteceu em flagrante. Segundo a polícia, os três homens mortos trocaram tiros com os policiais e acabaram atingidos, foram socorridos para unidades de saúde, mas não resistiram.
A polícia informou também que os mortos estão envolvidos com as mortes do percussionista Renato Santos Evangelista Sobrinho, em dezembro do ano passado, e do guarda municipal Tiago Duarte Banhara, em fevereiro deste ano. [Veja detalhes abaixo]
De acordo com a Polícia Civil, essa organização criminosa atua no tráfico de drogas e homicídios, além de outros crimes violentos. Além dos rivais, a polícia informou que a quadrilha também matava quem se opunham às suas práticas criminosas.
Batizada de Operação Disciplina, a ação é coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). Mais de 200 policiais de vários departamentos participam da operação.
Vítimas da quadrilha
Entre as vítimas da quadrilha estão o músico Renato Santos Evangelista Sobrinho e o guarda municipal Tiago Duarte Banhara. A motivação dos dois crimes ainda não foi divulgada pela Polícia Civil.
Renato desapareceu no dia 21 de novembro de 2021, depois de fazer um show em Vila de Abrantes, no município de Camaçari. A família chegou a registrar boletim de ocorrência na delegacia local.
Semanas depois do sumiço de Renato, começou a circular na internet um vídeo da quadrilha torturando e executando o músico. A família viu as imagens e confirmou que se tratava do músico, mas a polícia nunca confirmou as informações. O corpo da vítima ainda não foi localizado.
Já em fevereiro deste ano, Tiago foi encontrado morto sem roupas, com as mãos amarradas e marcas de tiros. Ele também estava em Vilas de Abrantes, em um bar com a namorada, quando foi abordado por homens, na noite do dia 4.
Testemunhas contaram que o guarda municipal foi imobilizado com um golpe conhecido como mata-leão. Em seguida, os suspeitos fugiram do local com Tiag, no carro dele, que foi encontrado sem vida horas depois.