Família de PM morto após atirar contra policiais em Salvador chegou a ir de helicóptero para ajudar negociação
Familiares do PM que foi baleado e morto pela polícia após atirar para cima e contra policiais, na tarde de domingo (28), na região do Farol da Barra, chegaram a pousar em Salvador, em helicóptero da Polícia Militar, como estratégia para que ele se rendesse. No entanto, de acordo com o comandante-geral da PM, Paulo Coutinho, durante coletiva nesta segunda-feira (29), o soldado, que estava em “possível surto”, foi baleado no local, no momento em que o veículo aéreo posou.
Segundo o comandante-geral, o processo de investigação começou ainda no domingo (28), e é uma situação em que a obrigação funcional da polícia é dar “celeridade” aos esclarecimentos.
“A gente lamenta profundamente uma ocorrência dessa situação, principalmente envolvendo o integrante da corporação. Agora, temos que lembrar que a instituição corre mais uma vez uma situação de conflito, de crise, para resolver um fato que poderia ter atingido, que poderia ter outras vítimas. E foi isso que foi feito pela tropa especializada”, disse.
Paulo Coutinho voltou a afirmar que o soldado Wesley Soares não havia apresentado anteriormente episódios que indicassem problemas psicológicos.
“Não, 13 anos de Polícia Militar, formado em 2008, e não tinha apresentado qualquer situação que levasse preocupação por parte da instituição para tratar”, afirmou.
O comandante-geral também revelou que o governo da bahia contratou 20 psicólogos para trabalhar com os policiais militares.
“A sociedade contemporânea, e a Polícia Militar é uma instituição que faz parte disso… Nós temos tido o cuidado, temos inclusive um trabalho através da psicologia, com 20 psicólogos recentemente contratados pelo governo do estado, para dar suporte para esse efetivo. E como eu disse: é uma sociedade que vive as questões atuais e também sofrem por serem seres humanos”, façou o comandante-geral.