Conteúdo de Opinião – Joe Improta
Coluna Quebra-queixo
A cidade de Camaçari passou a viver um caos administrativo no que se diz respeito a saúde, não que seja só essa pasta, pois muitas outras se encontram em situação tão vexatória quanto, mas é que nos últimos meses, com a aproximação das eleições municipais, as páginas dos políticos da base de Elinaldo viraram ponto de concentração orquestrado de críticas sobre a saúde, causada pela própria gestão que fazem parte. Parece loucura, não?
Nos últimos anos, qualquer camaçariense sabe de có e salteado, que a concentração da saúde de uma população de 334 mil habitantes, em uma única UPA, ia dar muita dor de cabeça a quem precisa de recorrer ao atendimento público. Camaçari viveu momentos terríveis de superlotação e falta de testes da covid-19 no período da pandemia, muita gente infelizmente morreu. Quantos vereadores choraram na câmara, levaram caixão para protestar ou cobraram a promessa de Elinaldo do hospital municipal? Eu te respondo: Nenhum! Sabe por quê? Precisava dar cobertura a sua base que buscava reeleição. As vidas das pessoas não se faziam importantes naquele momento.
Fato é, que a cidade industrial é a 2ª colocada na arrecadação, ficando atrás apenas da capital Salvador, com uma população de 334 mil habitantes. No ano de 2022, o PIB de Camaçari foi de R$ 25,6 bilhões, Vitoria da Conquista por exemplo, R$7,1 bilhões, 26 mil habitantes a mais que nossa cidade, e adivinha? Tem um hospital municipalizado para atender sua população.
Enquanto despejam responsabilidades em cima da regulação estadual, que deveria ser ocupada por municípios de menor porte financeiro, a prefeitura de Camaçari concentra a grande parcela de seus atendimentos em uma única UPA, localizada na Gleba A, que por sinal convive frequentemente com superlotação. O Hospital Geral de Camaçari é uma unidade regional que atende pessoas em estado grave de saúde de 24 municípios circunvizinhos. A sua localização no nosso município é apenas estratégica, pois também possui a necessidade de encaminhar pacientes com especialidades que não comporta.
Sem transporte público, moradores de bairros distantes da “genial” UPA de Elias Natan e Elinaldo (UB), se veem em desespero, principalmente ao necessitar de um atendimento noturno, por exemplo. O não deslocamento, as vezes se resume em automedicação. A verdade é que a promessa de campanha feita pelo candidato de bigode, sobre a implantação do Hospital Municipal, se tornou utopia na cabeça dos camaçarienses, que aguardam por uma mísera licitação do transporte público há mais de 3 anos.
Já são 7 anos desde que a prefeitura foi entregue para o descompromissado Elinaldo, e de lá pra cá, além de perder postos de atendimento de saúde emergencial, a cidade ganhou quase 50 mil novos habitantes, o que demonstra o tamanho do problema que vem sendo criado.












