A Bahiagás coordenou o Simulado Operacional da Dutovia que liga o Polo de Camaçari ao Porto de Aratu e à Refinaria de Mataripe, que aconteceu no dia 2 de dezembro. Realizado anualmente e revezado entre as empresas integrantes – Bahiagás, Braskem, Unigel, Dow, Transpetro e Bayer -, o simulado teve como foco testar, aperfeiçoar e integrar as ações do Plano de Contingência da Dutovia (PCD), reforçando a preparação das equipes para emergências. Classificado como Nível III, o treinamento mobilizou recursos operacionais e logísticos e envolveu empresas, órgãos públicos e comunidades.
Com 27 linhas destinadas ao transporte de produtos químicos, inflamáveis e tóxicos, e cerca de 37 quilômetros de extensão considerando os ramais, a dutovia exige monitoramento contínuo e capacidade de resposta imediata por parte das equipes responsáveis.
“A preparação do simulado envolveu meses de articulação entre as áreas internas da companhia, os comitês do PCD e diversos órgãos externos, incluindo Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária, Via Bahia Norte e empresas localizadas no entorno da área simulada”, explica José Carlos Gallindo Junior, titular da Gerência de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (Gesem) da Bahiagás.
O treinamento partiu da hipótese de um grande vazamento de gás natural provocado pela ruptura acidental de um duto de 4 polegadas, causada por ação de terceiros. A ocorrência simulava risco direto para a comunidade de Vila Esperança, em Candeias. A situação teria sido identificada após um funcionário de uma empresa vizinha visualizar a formação de um jato de fogo na faixa de dutos.
“Esses exercícios permitem alinhar procedimentos, treinar equipes e minimizar riscos de pânico e desordem em uma situação real. Também testam sistemas de comunicação e a disponibilidade dos recursos previstos no PCD”, afirmou Antônio Raimundo Dantas, coordenador da Gesem/Bahiagás.
O Simulado Operacional da Dutovia 000 mobilizou todos os recursos operacionais e logísticos disponíveis, além de testar a integração entre empresas, órgãos públicos e comunidades. Neste ano, o treinamento contou também com a participação ativa de companhias situadas próximas ao cenário proposto.
“É gratificante ver o empenho de todos, cada um trazendo recursos e apoio para resolver o sinistro da maneira mais rápida e segura possível”, afirmou Isa Paula, supervisora de turno da Braskem.
Moradora da comunidade de Vila Esperança, Larissa Souza afirmou ter se sentido segura durante o procedimento: “Fomos pegos de surpresa, mas seguimos todas as orientações. Foi um alívio saber que não era real e ao mesmo tempo reconfortante perceber que existem profissionais preparados para lidar com essas situações”.
O simulado também contou com o reconhecimento da Defesa Civil de Candeias. Para o coordenador técnico Ademar Oliveira, a atuação da Bahiagás foi exemplar. “A companhia realizou um trabalho muito bem executado, oferecendo suporte essencial à comunidade de Vila Esperança. Esse tipo de ação é fundamental para preparar todos para eventuais emergências”, destacou.
