• 21 de November de 2024


Administração de Elinaldo e Flávio se aproxima do fim, com diversas denúncias de irregularidades e pedidos de investigação no Ministério Público

 Administração de Elinaldo e Flávio se aproxima do fim, com diversas denúncias de irregularidades e pedidos de investigação no Ministério Público

A administração do prefeito Antônio Elinaldo e do presidente da Câmara, Flávio Matos, se aproxima do fim. Neste período, diversas denúncias sobre possíveis irregularidades atingiram o grupo político, tendo até ação da justiça para cancelamento de licitação e pedidos de investigação protocolados no Ministério Público da Bahia.

No ano passado, a prefeitura de Camaçari possuía um contrato com a empresa de internet ITS Brasil, no valor de R$ 10 milhões. Um novo processo de licitação foi iniciado e a empresa vencedora, a PR Net, localizada em um endereço residencial no bairro do Phoc I, venceu as concorrentes com o valor mais caro entre as avaliadas, em um total de R$ 106 milhões, o que representava um aumento de 960% em cima do contrato vigente a época. Após o caso ser tornado público pelo Bocão News e reproduzido por diversos sites da RMS, a prefeitura voltou atrás e cancelou a licitação.

Neste ano, uma denúncia atingiu o presidente da Câmara, Flávio Matos, onde ele assinou uma licitação que beneficiava a empresa do marido da vereadora Angélica, que na ocasião é candidata a vice-prefeita na sua chapa. A ação, que é proibida por lei, concedeu um contrato no valor de R$ 1,5 milhão para o marido da aliada e foi cancelado pela justiça. A denúncia foi protocolada por Cleiton Pereira no Ministério Público.

Ainda este ano, o prefeito de Mata de São João, Bira da Barraca, que é do mesmo partido de Elinaldo, o União Brasil, afirmou em uma gravação que a empresa de produtos de limpeza Dragão, não se instalou em Camaçari por um pedido de propina da prefeitura. Uma solicitação de investigação também foi formalizada no MP. Hoje, a empresa já está construída, e vai gerar 300 vagas de empregos para a população de Mata.

A menos de 15 dias, o Ministério Público Federal colocou a prefeitura de Camaçari na lista de municípios que serão investigados pela aplicação de emendas PIX, em que a gestão de Elinaldo recebeu R$ 11,5 milhões. Essas emendas foram criadas em 2019, durante o governo de Bolsonaro, e permite que parlamentares envie verbas sem nenhum projeto ou finalidade indicada.

Outro ponto é a farra dos supersalários, denunciada pelos vereadores Tagner, Vavau e Dentinho, onde a prefeitura de Camaçari forneceu bonificações de até 300% em salários de servidores, chamadas de CET. Seguindo a linha, nos últimos dias, foi tornado público uma lista assinada pelo partido Solidariedade, revelando que diversos funcionários fantasmas estavam recebendo altos valores na maquina pública. Em um vídeo recente, uma mulher que é citada pela legenda de ser beneficiada pelo esquema, acabou afirmando que está morando em Portugal.

Por fim, o Minsitério Público da Bahia chegou a cobrar ao governo de Elinaldo, que corrigisse falhas no Portal da Transparência, por conta de ausência de dados, como número de servidores e remuneração dos mesmos. No pedido, o orgão estabelceu 120 dias para que o gestor adotasse providências.

Joe Improta