Oposição tenta travar gestão Caetano obstruindo votação da LDO após fracasso em limitar remanejamento orçamentário

Mais um capítulo de manobra política é registrado na Câmara de Camaçari, que, apesar de ter Niltinho como presidente nominal, segue aparentemente obedecendo aos interesses do ex-prefeito Elinaldo Araújo. A derrota nas últimas eleições ainda não foi digerida pelo grupo azul, que, mais uma vez, em um ato de total desrespeito à população de Camaçari, ignora os protocolos e cria mais um obstáculo ao desenvolvimento da cidade.

Desta vez, sem demonstrar qualquer constrangimento, o grupo oposicionista retirou da pauta da 24ª sessão ordinária a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), um instrumento fundamental para o planejamento e execução do orçamento público. A votação estava inicialmente prevista para os dias 12 e 17 de junho. É a LDO que define as metas e prioridades do governo para o ano seguinte.

O texto já havia sido previamente aprovado nesta quarta-feira (11) pelas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Finanças e Orçamento (CFO). Curiosamente, ambas as comissões são compostas apenas por vereadores da oposição — ocupando os cargos de presidente, relator e membro — o que escancarou as ações de cunho político e causou espanto entre os vereadores governistas, além de indignação no público presente.

A interferência de Elinaldo sobre Niltinho e os demais vereadores da oposição torna-se evidente, especialmente após uma reunião ocorrida dois dias antes do episódio, na terça-feira (10), na qual o ex-prefeito publicou em suas redes sociais que o grupo estava “traçando estratégias para fortalecer a oposição”. Seria essa a “estratégia” à qual ele se referia?

No início do ano, o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, já havia enfrentado uma verdadeira queda de braço para tentar destravar o orçamento da cidade. Durante a gestão de Elinaldo, o remanejamento de até 100% do orçamento entre as pastas era autorizado. No entanto, após a derrota eleitoral, os vereadores da base oposicionista aprovaram uma mudança que limitava esse remanejamento a apenas 2%, o que inviabilizou por meses a execução de diversas ações públicas. Mesmo com reiterados pedidos do atual prefeito, a manobra só foi revertida após uma decisão judicial que derrubou a limitação imposta pela Câmara.

Infelizmente, quem mais sofre com essas manobras políticas é a população de Camaçari, que vê os avanços da cidade sendo comprometidos.

Artigo, Coluna Quebra-queixo, por Joe Improta.

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