Se Elinaldo tinha acordos com sua base política — como ele mesmo admite —, também afirma que Flávio Matos fez o mesmo.
De um lado, Elinaldo escancara sua insatisfação com a pré-candidatura de Flávio; do outro, Flávio finge que nada está acontecendo e força, em entrevistas, um sentimento de lealdade que já não existe mais.
A ideia central do grupo azul é que o ex-vereador não deveria estar dividindo os votos de Paulo Azi e Manoel Rocha, já que ambos estão buscando apoio para Elinaldo em outras cidades do interior da Bahia, enquanto o ex-prefeito também precisa garantir votos para eles aqui em Camaçari.
É sabido que existe a necessidade de buscar votos fora do município para manter viva a chance de vitória em uma eleição desse porte. No entanto, Flávio preferiu ignorar o apoio recebido de Elinaldo na campanha passada e colocou seus próprios interesses políticos acima de qualquer articulação coletiva, enfraquecendo o ex-prefeito no cenário político baiano.
Nos bastidores, a avaliação é unânime: ao insistir em uma candidatura isolada, Flávio rompe pontes, desagrega o grupo e coloca em risco todo o esforço de reconstrução política que vinha sendo articulado após a derrota nas últimas eleições.
O fato é que, isolado por todos os vereadores que fizeram campanha para sua candidatura a prefeito, Flávio é visto como traidor, pois coloca em risco a campanha de deputado estadual de Elinaldo — aliado que bancou seu nome para a sucessão há poucos meses.
Diante de todo esse impasse, o futuro político de Elinaldo fica seriamente ameaçado.
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