Defesa Civil e Sedur alertam sobre os perigos relacionados aos incêndios florestais
A Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de Camaçari (COMPDEC), através da Operação Verão, continua atuando no sentido de combater incêndios florestais no município, que têm sido cada vez mais frequentes, em virtude das altas temperaturas típicas do período. Para a Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Meio Ambiente (Sedur), os eventos impactam negativamente na fauna e flora nativas dos locais atingidos pelas chamas.
Entre os lugares, nos quais já foram registradas ocorrências, estão às margens de importantes estradas que cortam a cidade, como a Via Atlântica (BA-530), conhecida como Estrada da Cetrel; Via Parafuso (BA-535); e Estrada da Cascalheira (BA-531), onde os motoristas precisam redobrar a atenção, por causa da fumaça que se propaga e dificulta a visibilidade, aumentando o risco de acidentes.
“Se não tiver visibilidade para trafegar, não avance com o veículo”, orientou Ivanaldo Soares, coordenador da Defesa Civil, que ainda recomendou, “em situações onde exista presença de fumaça intensa, também é importante que os motoristas acendam os faróis e as luzes de alerta, para orientarem outros que vêm em direção oposta”. Outra medida necessária, para quem presencia incêndios florestais, é acionar a Defesa Civil, através dos telefones 199 ou (71) 3622-7755/7799, ou o Corpo de Bombeiros, pelo 193.
Em outras regiões, como nas imediações do Polo Industrial e Arembepe, nos bairros Santa Maria, Parque Verde, Jardim Limoeiro e no Residencial Algarobas, também registraram ocorrências de incêndios. De acordo com o que o órgão já verificou, a maioria dos casos foi provocada pela ação ou omissão humana, a exemplo do ocorrido nas proximidades do prédio da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), onde um homem, não identificado, foi visto por populares ateando fogo na vegetação.
Além de ligar para os órgãos responsáveis pelo combate aos incêndios florestais, as pessoas devem evitar o contato com a fumaça, pois pode ser prejudicial à saúde, principalmente entre idosos e cidadãos com problemas respiratórios. Além disso, elas não devem se aproximar das chamas sem o devido conhecimento, visto que, com a mudança da direção do vento, o fogo pode atingi-las e causar queimaduras severas.
Outro aspecto importante, que se deve considerar, com relação aos incêndios florestais no município, tem a ver com a forma como afetam o ecossistema dos locais, muitos deles, Áreas de Proteção Ambiental (APAs). De acordo com a Sedur, as queimadas nessas áreas impactam diretamente a biodiversidade local, provocando a morte de animais e destruição de ninhos. Além de reduzir a fertilidade, pela perda de nutrientes por lixiviação e alterar o potencial hidrogeniônico (pH) do solo, as queimadas diminuem a capacidade de absorção de água pelo solo.
Vale destacar, que a prática de queimadas se enquadra na Lei Federal de Crimes Ambientais contra a Natureza, n° 9.605, de 12/02/1998, tipificada como crime ambiental, com possibilidade de reclusão de 1 a 4 anos, além de multa.