• 21 de November de 2024


Camaçari, Dias d’Ávila e Catu registram 9 casos de raiva em morcego e Sesab emite alerta epidemiológico

 Camaçari, Dias d’Ávila e Catu registram 9 casos de raiva em morcego e Sesab emite alerta epidemiológico

Imagem ilustrativa

A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) emitiu um alerta epidemiológico para a necessidade de intensificação da vigilância da raiva após o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA) diagnosticar nove casos positivos em 2023.

De acordo com a Sesab, os casos foram registrados entre 1° de janeiro e 16 de março, nas cidades de Dias D’Ávila, Camaçari e Catu, que ficam na Região Metropolitana de Salvador.

A última morte por raiva humana após mordida de morcego aconteceu na zona rural de Paramirim, no sudoeste da Bahia. A vítima foi um homem, de 46 anos, que ficou doente quando ordenhava uma vaca e, acidentalmente, pisou no animal, que mordeu o pé dele. Antes disso, apenas um caso tinha sido registrado, em 2004.

Os morcegos são animais de extrema importância para a natureza, porque são considerados os maiores reflorestadores naturais do planeta, além de predadores de um vasto número de pragas agrícolas e vetores de doenças.

Se eles estiverem voando livremente no período noturno, não são considerados animais perigosos para os humanos. Nessas condições, não oferecem risco desde que não sejam manipulados pelas pessoas.

A Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) informou que a vacina contra a raiva está disponível nos postos, mas apenas para as pessoas que foram mordidas por animais. Não é uma vacina que possa ser tomada a qualquer momento da vida.

Orientações

Em casos de acidentes com animais domésticos, silvestres e principalmente morcegos, a Vigilância em Zoonoses orienta que a população procure uma unidade de saúde o mais breve possível para avaliação da profilaxia de raiva adequada para o caso.

Além disso, ao se deparar com um morcego morto, caído ou encontrado em horário e local não habitual, como pousado em local claro durante o dia, a pessoa deve:

  • entrar em contato com a unidade de zoonoses para que seja feito o recolhimento do animal pelo telefone 0800 284 0011;
  • evitar contato físico com o morcego para minimizar o risco de acidente; isolando-o com panos, caixas de papel ou balde, ou mantê-lo em ambiente fechado para aguardar a captura por pessoas capacitadas.
  • informar à diretoria de vigilância em zoonoses se cães ou gatos da residência ou do local de trabalho tiverem contato com morcegos;
  • manter cães e gatos (maiores de três meses) com a vacinação antirrábica em dia (uma vez ao ano).

Laís Andrade