• 23 de December de 2024


Centrão vê negacionismo com vacinas desidratar Bolsonaro e aguarda ‘efeito Auxílio Brasil’ para redefinir apoio em 2022

 Centrão vê negacionismo com vacinas desidratar Bolsonaro e aguarda ‘efeito Auxílio Brasil’ para redefinir apoio em 2022

Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

Líderes dos principais partidos do centrão, bloco que sustenta o presidente Bolsonaro no Congresso, têm demonstrado muita preocupação com as mais recentes pesquisas internas do governo a respeito da avaliação do presidente junto ao eleitorado, principalmente em relação à sua posição sobre vacina no combate à Covid.

Um dos mais próximos auxiliares do presidente disse ao blog que há pesquisas internas mostrando que, se Bolsonaro se vacinasse, sua avaliação poderia melhorar – por isso, esses aliados gostariam de convencer o presidente a se imunizar. No entanto, até essa estratégia divide o grupo: um integrante da cúpula da Câmara cogitou telefonar ao presidente para que ele recuasse a respeito da objeção ao passaporte da vacina – mas desistiu por não acreditar em recuo do seu negacionismo.

“Bolsonaro está perdendo para ele mesmo, seu maior opositor é ele mesmo ”, afirmou ao blog.

Diante desse cenário, a preocupação do centrão com a eventual derrota de Bolsonaro tem sido tema constante de encontros entre lideranças nas últimas semanas. Apesar de dizer publicamente que estará com o presidente no pleito presidencial, nos bastidores, os principais partidos aguardam o efeito do Auxílio Brasil de R$ 400 até meados de março para definir qual posição irão tomar a respeito de apoio à campanha da reeleição do presidente. Com exceção do PL, que tem Bolsonaro como filiado, os demais partidos querem aguardar alguma melhora na economia antes de decidir sobre um eventual desembarque.

Antes disso, o centrão quer participar ativamente da definição da vice de Bolsonaro: cresce nos bastidores a ideia de indicar a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, para o posto.

Bolsonaro, hoje, prefere um militar – mas o centrão repete que o presidente só teria mais autonomia para decidir sobre sua chapa se estivesse bem avaliado nas pesquisas –o que não é o caso.

Joe Improta