• 22 de November de 2024


Três morrem e 12 são presos durante operação policial em Camaçari e Salvador

 Três morrem e 12 são presos durante operação policial em Camaçari e Salvador

Três pessoas morreram e outras 12 foram presas durante uma operação da Polícia Civil, iniciada na manhã desta terça-feira (26), em Camaçari e Salvador, que ficam na região metropolitana. Eles são suspeitos de fazerem parte de um grupo criminoso que “julgava” rivais antes de matá-los.

Das 12 prisões, 11 foram por mandado de prisão e a restante aconteceu em flagrante. Segundo a polícia, os três homens mortos trocaram tiros com os policiais e acabaram atingidos, foram socorridos para unidades de saúde, mas não resistiram.

A polícia informou também que os mortos estão envolvidos com as mortes do percussionista Renato Santos Evangelista Sobrinho, em dezembro do ano passado, e do guarda municipal Tiago Duarte Banhara, em fevereiro deste ano. [Veja detalhes abaixo]

De acordo com a Polícia Civil, essa organização criminosa atua no tráfico de drogas e homicídios, além de outros crimes violentos. Além dos rivais, a polícia informou que a quadrilha também matava quem se opunham às suas práticas criminosas.

Batizada de Operação Disciplina, a ação é coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). Mais de 200 policiais de vários departamentos participam da operação.

Vítimas da quadrilha

Entre as vítimas da quadrilha estão o músico Renato Santos Evangelista Sobrinho e o guarda municipal Tiago Duarte Banhara. A motivação dos dois crimes ainda não foi divulgada pela Polícia Civil.

Vítimas da quadrilha — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Renato desapareceu no dia 21 de novembro de 2021, depois de fazer um show em Vila de Abrantes, no município de Camaçari. A família chegou a registrar boletim de ocorrência na delegacia local.

Semanas depois do sumiço de Renato, começou a circular na internet um vídeo da quadrilha torturando e executando o músico. A família viu as imagens e confirmou que se tratava do músico, mas a polícia nunca confirmou as informações. O corpo da vítima ainda não foi localizado.

Já em fevereiro deste ano, Tiago foi encontrado morto sem roupas, com as mãos amarradas e marcas de tiros. Ele também estava em Vilas de Abrantes, em um bar com a namorada, quando foi abordado por homens, na noite do dia 4.

Testemunhas contaram que o guarda municipal foi imobilizado com um golpe conhecido como mata-leão. Em seguida, os suspeitos fugiram do local com Tiag, no carro dele, que foi encontrado sem vida horas depois.

Joe Improta