Maternidade Regional de Camaçari investe na preparação das gestantes para incentivar a amamentação
Daqui a poucas semanas, a fisioterapeuta Bruna Gonçalves, de 28 anos, vai estar com a pequena Elis Isabelly no colo. Mãe de primeira viagem, a moradora de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, conta que a amamentação foi motivo de preocupação desde os primeiros meses de gestação. “Era um dos meus principais receios, principalmente durante o puerpério, devido a vários relatos de mães que não conseguiram amamentar”, lembra.
Mas, como a fisioterapeuta faz questão de ressaltar, o medo ficou no passado graças à informação. Pensando em mães como Bruna, a Maternidade Regional de Camaçari, unidade da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) gerida pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF), promove, durante todo o ano, uma capacitação especial voltada para tirar dúvidas e esclarecer mitos sobre a amamentação. Em agosto, conhecido como o mês de incentivo à amamentação, as ações são intensificadas, tendo a informação como principal aliada na conscientização sobre a importância do aleitamento materno.
Realizado pela enfermeira obstétrica e coordenadora do ambulatório da Maternidade de Camaçari, Marluci da Hora, o encontro com as futuras mamães traz informação e treinamento prático para as gestantes, garantindo confiança e um processo de amamentação mais tranquilo e eficiente.
“Faço questão de dizer para as gestantes que antes do leite chegar no ductor mamário, ele chega na mente. E, para isso, precisamos estar bem psicologicamente. A gestante precisa estar bem hidratada, bem nutrida e ter o apoio familiar e profissional de qualidade para esse momento tão importante. Trabalhamos de forma incansável para resgatar o aleitamento exclusivo até os 6 primeiros meses de vida dos recém-nascidos, pois existem ainda alguns mitos que, infelizmente, algumas mulheres ainda acreditam, como o do leite fraco. E é justamente com essas informações que trabalhamos nesse contato com as gestantes, tirando dúvidas e mostrando, de forma prática, ações que fazem a diferença na hora de amamentar”, explica.
No encontro, Bruna ainda teve acesso a dicas importantes que fazem toda a diferença no processo de amamentação, como a chamada “pega” correta do bebê, além de esclarecimentos sobre os inúmeros benefícios que só o leite materno pode assegurar à saúde dos pequenos. “Achei de extrema importância essa consultoria nessa etapa final da gestação. Com todas as dicas que recebi, fiquei bem mais tranquila para enfrentar essa nova experiência”, comemora, aliviada.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontam que, por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês, sendo o aleitamento materno recomendado até os dois anos ou mais.