Elinaldo precisa agir pelo menos uma vez; situação entre ligeirinho e STT pode piorar e nenhum dos lados merece uma tragédia
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Joe Improta – Coluna quebra-queixo
Mesmo cagando e andando, é possível usar as mãos para escrever com uma caneta, uma resolução para a situação dos ligeirinhos em Camaçari. Não é aceitável, que a carga gerada pelo próprio prefeito, por “lavar as mãos” durante 3 anos com o transporte público, fique por sua vez em um cabo de guerra entre condutores do ligeirinho e agentes de transito. Não dá para fingir que o problema não existe, e continuar gerando uma exposição perigosa para ambas as classes de trabalhadores.
Todos os profissionais estão a cumprir ordens, orientações essas quem vem na vertical e coloca toda a responsabilidade deste clima de guerra e omissão, no colo de Elinaldo.
Antes de destrinchar sobre este texto, gostaria de deixar a minha solidariedade aos agentes que foram agredidos nesta tarde de terça (15), em um triste episódio de violência. Isso não resolve nada e o caminho está errado.
Os Agentes de Trânsitos de Camaçari são instrumentos humanos utilizados por Elinaldo, onde dentro do seu acovardamento em não apresentar uma solução – expõe os profissionais e transforma a cidade em um caos e clima de guerra – ao mesmo tempo que busca acabar sumariamente sem nenhuma alternativa, com quem ficou anos sem fiscalização e supriu as necessidades da população, inclusive durante a pandemia.
Elinaldo é o prefeito que não dialoga com servidores, não dialoga com professores (em estado de greve), não dialoga com a população, não dialoga nem mesmo com seus apoiadores – pessoas essas que o mesmo disse estar “cagando e andando”. Para não ser injusto, o prefeito tem tempo para hotel de luxo, e viagem política visual para Portugal – pobre marketing da prefeitura precisa de algo.
Há poucos dias, este jornal publicou uma matéria em que uma rede de supermercados não conseguiu o alvará para gerar 150 oportunidades de emprego, na orla da cidade. Coisas funcionais não parece fazer parte do cardápio da gestão.
O vereador Vavau por exemplo, propôs ao prefeito, a rescisão de contrato com a locadora de veículos que presta serviços a prefeitura e que contrata-se um serviço de fila inteligente, incluindo todos os taxistas de Camaçari, além do Táxi Lotação (Ligeirinho), para atender as demandas diárias de todas as secretarias, coordenações, gerencias e corpo técnico do governo. Mas não foi avaliado.
São duas classes trabalhadoras, o poder público não pode continuar a ignorar a importância da vida das pessoas. Assumir o papel responsável de intervir em conflitos, tem que estar na veia do gestor, que se propõe a assumir qualquer município. Força nos ossos para levantar da cadeira, mas talvez encontramos um invertebrado.