Em poucos meses, Camaçari tentou sair do lixo para o luxo. As ruas foram recuperadas, o mato cortado, o meio-fio pintado, praças reformadas e diversas outras intervenções foram feitas, boa parte delas fruto de empréstimo. Se a praça ficou feia, você pagará a conta nos próximos anos de qualquer maneira.

A cidade ficou sem serviço básico, como o caso do transporte público, problemas na saúde e educação, além do abandono do esporte e da cultura. Chegamos ao ponto de ver indicação de troca de lâmpadas para iluminação pública por vereadores. Uma administração constrangedora no ponto de vista político, e medíocre para a população.

Os sinais de derretimento da popularidade de Elinaldo são evidentes há vários anos. Um exemplo claro foi sua tentativa de emplacar o vice-prefeito Tude como deputado estadual, que resultou em uma derrota significativa, com apenas 28 mil votos, apesar de um investimento declarado de quase R$ 1 milhão na campanha. Além disso, durante sua própria reeleição, Elinaldo perdeu votos e observou a ascensão de Ivoneide Caetano (PT), que, em sua primeira experiência política, conseguiu se aproximar dele no cenário eleitoral.

Após evidências de sua falta de liderança, Elinaldo passou a atuar como cabo eleitoral dos deputados de ACM Neto, concentrando esforços em somar votos para eleger candidatos pouco conhecidos pela população camacariense.

Depois de alguns anos se orgulhando da faixa de duplicação do viaduto do trabalhador, o “homem do bigode” praticamente não era mais visto no município, aparecendo próximo à disputa eleitoral, indicando Flávio Matos como sucessor. Os problemas logo começaram a ser amenizados, em uma clara exibição de conhecimento das deficiências da cidade, ignorando durante todos esses anos, a dor da população.

Ele se autosustentou em pedestal até os 45 minutos do segundo tempo das eleições, mas, como diz o ditado, “a soberba precede a queda”. E, de fato, ele caiu mais uma vez.

Flávio Matos foi derrotado, e o vice-prefeito também não conseguiu uma cadeira de vereador. A população devolveu a mesma “consideração” que o prefeito lhe havia demonstrado.

Coluna Quebra-queixo/ Escrito por Joe Improta