• 27 de July de 2024

Cerca de 100 novos casos de HIV/Aids são registrados em Camaçari todos os anos

 Cerca de 100 novos casos de HIV/Aids são registrados em Camaçari todos os anos

O Dia Mundial de Combate à Aids é comemorado nesta sexta-feira (1º/12) e tem por função primordial alertar toda a sociedade sobre essa doença. Em Camaçari, a Secretaria da Saúde (Sesau), através do Centro de Referência e Especialidades em Saúde (Cres), atua na prevenção e no combate à Aids.

De acordo com o Cres, em Camaçari, 1.060 pacientes são acompanhados mensalmente pela equipe da unidade. 98% desses pacientes contraíram HIV por não usarem o preservativo em relações sexuais. Segundo levantamento do centro, todos os anos surgem em média de 100 a 120 novos casos na cidade, o que pode e deve diminuir, se as pessoas se conscientizarem da importância de usar a camisinha.

A Aids é uma doença causada pelo vírus HIV, geralmente por contato sexual desprotegido com pessoa contaminada, mas pode ser também transmitida por transfusão sanguínea e compartilhamento de objetos perfurocortantes. A epidemia do HIV já existe há mais de 30 anos e de lá para cá, muitas mudanças e avanços no tratamento puderam garantir a manutenção da saúde e a qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus. Vale reforçar que, o uso do preservativo é a maneira mais eficaz de se prevenir contra o vírus, e em todas as unidades de saúde do município há a distribuição gratuita.

No Cres são disponibilizados diariamente testes rápidos para detecção do HIV, sífilis, hepatite B e C. No centro são realizados o tratamento de todos os pacientes infectados com a distribuição dos medicamentos e acompanhamento com médico infectologista, psicóloga, assistente social, nutróloga e enfermagem.

No que se refere à prevenção, atualmente a melhor estratégia para a mudança dessa situação é a Prevenção Combinada, que faz uso simultâneo de diferentes abordagens e ações voltadas à redução do risco de exposição. As intervenções contribuem para o aumento da informação e da percepção do risco de exposição ao HIV, mediante incentivos às mudanças de comportamento da pessoa e da comunidade em que ela está inserida.

Apesar dos avanços no tratamento medicamentoso e na prevenção, o maior desafio é superar a discriminação sofrida pelas pessoas que vivem com HIV. Essas pessoas têm seus laços rompidos, sofrem exclusão no mercado de trabalho e principalmente barreiras no acesso aos serviços de saúde, impactando negativamente suas condições de vida e consequentemente seus direitos ao exercício da cidadania. O dia 1º de dezembro é um marco para sensibilizar a todos para a importância da prevenção e respeito aos direitos das pessoas que vivem com HIV/Aids.

Joe Improta